14:58

YAKISOBA DE FRUTOS DO MAR

Ingredientes:
200g macarrão tipo lámem pré-cozido
óleo para fritar
4 camarões médios
200g lula em anéis
100g polvo
8 mariscos
4 kani-kama em palitos
100g cogumelo shimeji picado
4 folhas repolho fatiadas
4 folhas acelga fatiadas
1 cebola fatiada
½ cenoura fatiada
3 talos couve-flor picados
3 talos brócolis picados
1 cebola fatiada
4 vagens fatiadas
50g moyashi (broto de feijão)
4 talos cebolinha verde picadas
1 pitada tempero a base de peixe (hondashi)
2 colheres de sobremesa de amido de milho
½ xícara de chá água
3 colheres de sobremesa de shoyu
1 pitada sal

Modo de preparo:
1. Coloque o macarrão na panela com o óleo e, sem mexer, frite de um lado.
2. Vire com cuidado e frite do outro lado também.
3. Reserve em um prato de servir.
4. Aqueça um pouco de óleo em uma panela e frite na ordem da receita todos os ingredientes.
5. Refogue tudo por 5 minutos e coloque sobre o macarrão reservado.
6. Sirva em seguida.

14:52

SALADA DE SASHIMI

Ingredientes:
800 gr de salmão
agrião
alface roxa
rúcula

Molho
70 ml de shoyu
60 gr de nabo batido
1 colher de sopa de pimenta dedo-de-moça picada
1/2 xícara de chá de cebolinha verde picada
3/4 xícara de chá de suco de limão

Modo de preparo:
1. Lave bem as folhas.
2. Corte o salmão em fatias finas (sem pele e espinhas), com o lado da pele voltado para cima.
3. Distribua as folhas em um prato e disponha as fatias de salmão por cima.
4. Coloque o molho e sirva.

Molho
1. Bata o nabo no liqüidificador com um pouco de água.
2. Misture todos os ingredientes.

14:47

SUBUTA

200g de carne de porco (lombo ou pernil)
2 colheres (chá) de saquê
sal e pimenta do reino a gosto
1 cenoura média
1/2 pimentão vermelho
1 pimentão verde
1 cebola pequena
6 shiitakes frescos
1 pacote de broto de bambu pré-cozido (100g)

Massinha para envolver a carne:
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de katakuriko (fécula de batata)
1 gema
20ml de água

Molho agridoce:
60ml de catchup
60ml de vinagre de arroz
60ml de água
3 colheres (sopa) de açúcar
2 colheres (sopa) de saquê
4 colheres (chá) de caldo de galinha em pó (torigará suupu no moto)
1/2 colher (chá) de sal
1/2 colher (sopa) de katakuriko
1 colher (chá) de óleo de gergeli,
óleo suficiente para fritar carne e saltear os legumes

1. Afervente o broto de bambu, escorra e pique em cubos de 2cm. Corte a cebola, os pimentões em quadrados. Tire o talo do shiitake e corte em cruz. Descasque a cenoura, corte ao meio no sentido do comprimento e fatie na diagonal. Coloque numa panela com água e leve ao fogo só até ferver a água. Escorra e reserve.
2. Misture todos os ingredientes da molho e reserve.
3. Corte a carne de porco em cubos de 2cm e tempere com o saquê, sal e pimenta. Deixe tomando gosto por alguns minutos. Em seguida, junte os demais ingredientes da massinha e misture bem. Frite em óleo abundante no fogo baixo (160oC) até ficarem corados. Retire e reserve.
4. Dê uma salteada nos legumes numa frigideira bem quente com um pouco de óleo. Faça de 2 legumes por vez para não juntar água.
5. Volte todos os legumes e a carne na frigideira. Despeje o molho e misture bem até adquirir cremosidade. Desligue o fogo, coloque o óleo de gergelim e misture bem. Sirva em seguida.

14:41

ARROZ DE HIJIKI - HIJIKI GOHAN

Ingredientes:
3 copos de arroz japonês
3 colheres de sopa de hijiki seco
3 unidades de agê
3cm de cenoura em sengiri
1 colher de sopa de óleo
1 colher de café de açúcar
1 colher de sopa de shoyu
1 colher de sopa de sakê
sal a gosto
3 ½ xícara de água fervendo
1 envelope de hondashi
1 vagem cozida e cortada em nanamegiri (para decoração)

Modo de Preparo:
1. Lave e deixe o arroz de molho em 3 copos de água 30 minutos antes de levar para cozinhar.
2. Deixe o hijiki de molho na água por 20 minutos e escorra em seguida. Reserve.
3. Jogue um pouco de água quente sobre os agê apenas para tirar o excesso de gordura e corte em sengiri.
4. Dilua o envelope do hondashi em 3 ½ xícaras de água fervente e reserve.
5. Numa panela, aqueça o óleo e acrescente o hijiki, o agê e a cenoura. Refogue rapidamente.
6. Tempere com açúcar, sal, shoyu, sakê e a mistura do hondashi.
7. Acrescente o arroz juntamente com a água que estava de molho e misture levemente. Leve para cozinhar como de costume.
8. Depois de pronto deixe abafando por 10 a 15 minutos e só então misture levemente.
9. Ao servi-lo, coloque um pouco da vagem apenas para fins decorativos.

14:31

COMO USAR O HASHI?

Usar o hashi para comer não é muito difícil, mas requer um pouco de prática. Aqui vai um passo a passo para você não fazer feio quando for a um restaurante japonês.

1.O pauzinho de baixo passa entre o polegar e o indicador e se apoia no dedo anelar.


2.Com os dedos indicador, médio e polegar, segure o pauzinho de cima. É mais ou menos como segurar uma caneta.


3.Para abrir e fechar, movimente o pauzinho de cima utilizando os dedos indicador e médio.


14:19

COMO SURGIU A CULINÁRIA JAPONESA?

Há mil anos, a culinária japonesa era apenas uma cópia do que se fazia na China e na Coréia. Saiba como ela se transformou numa arte sofisticada – e como os imigrantes a trouxeram para o Brasil
Quando a primeira leva de imigrantes japoneses desembarcou no Brasil, em 1908, trouxe um punhado de hábitos esquisitos. Imagine a cara dos caboclos paulistas diante da cena de pessoas comendo com o-hashi (aquelas duas varetas usadas para levar o alimento à boca). Um século depois, algumas das tais esquisitices orientais acabariam integradas ao dia-a-dia dos brasileiros. Comer com pauzinhos virou moda até em lanchonetes e palavras como sushi e sashimi já fazem parte do vocabulário por aqui.
O que pouca gente sabe é que a comida japonesa que conhecemos é bastante moderna em relação à história milenar do Japão. Até o século 10, praticamente tudo o que se comia no país, como o arroz e o macarrão, era preparado de acordo com os costumes dos vizinhos, principalmente chineses – a grande potência da época – e coreanos. Foi nos séculos seguintes que as influências estrangeiras passaram a ser transformadas e adaptadas às condições e preferências locais. Nascia, finalmente, a autêntica gastronomia japonesa.

O GRÃO E O PESCADO
Embora o peixe cru seja apontado com freqüência como a mais perfeita tradução da culinária japonesa, ele demorou bastante a ganhar espaço no prato. A base de tudo foi o arroz. Desde o século 3 a.C., o Japão cultiva regularmente esse grão em campos alagados. Foi em função dele que a sociedade rural japonesa se formou e que a economia do país se estruturou – no fim do século 19, os impostos nipônicos ainda eram pagos em arroz. Até hoje esse alimento, que deu origem a tantos rituais e cerimônias, simboliza a bonança e a fartura. “A refeição tem duas categorias de comida, o arroz e os outros pratos. Naturalmente, é melhor que ambos sejam deliciosos, mas se for preciso decidir qual terá prioridade, a tradição manda que seja o arroz”, diz o antropólogo japonês Naomici Ishige no livro The History and Culture of Japanese Food (“A história e a cultura da comida japonesa”, inédito no Brasil).
Não é de estranhar que a existência ou não de arroz por perto tenha pautado também a emigração. Os japoneses que deixaram o país no século 20 em busca de melhores condições de vida podiam até abrir mão da convivência com a família. Mas viver sem arroz era pedir demais. “As colônias japonesas que inicialmente se fixaram no norte da Bahia e em Pernambuco, onde não havia a tradição de plantar arroz, acabaram se mudando para São Paulo”, afirma Koichi Mori, professor do Departamento de Letras Orientais da Universidade de São Paulo e autor de uma pesquisa sobre a culinária dos imigrantes japoneses. Como a espécie encontrada aqui era o popular tipo agulha, bem diferente da variedade que fazia sucesso no Japão, o jeito foi improvisar. “Os imigrantes passaram a prepará-lo à moda japonesa, sem qualquer tempero”, diz Mori.
Formado por um arquipélago, o Japão tem uma costa bastante extensa. E, por ser um ponto onde as correntes marítimas quentes do Sul se encontram com as águas frias do Norte, ela permite a existência de uma variedade enorme de peixes. Não por acaso, o japonês ainda é o povo que mais come peixe no mundo. E, além das condições naturais, há outro fator para a consolidação desse hábito alimentar: a religião. “O tabu de comer carne de mamíferos, originário do budismo, colocou o peixe na posição de principal alimento animal por muitos anos, e sem dúvida foi responsável por fazer do Japão a nação de amantes de peixe que é hoje”, escreve Naomici Ishige.
Mas, se o hábito de comer peixe é antigo, o pescado raramente chegava fresco às mesas do antigo Japão. Durante séculos, versões fermentadas em sal, algumas intragáveis para o nosso paladar, foram desenvolvidas como forma de preservar grandes quantidades de peixe após o fim da temporada de pesca. Em algumas dessas técnicas de conservação, caso do shiokara, o peixe era reduzido a uma pasta. Em outras, como o milenar narezushi, o pescado, misturado a arroz cozido, permanecia inteiro por um ano ou mais dentro de potes lacrados. A palavra “sushi” originalmente se referia a esse tipo de peixe longamente fermentado.
Só muito tempo depois, mais precisamente no fim século 17, uma nova receita começaria a aproximar o sushi da versão que comemos hoje. Consistia de uma combinação de arroz e peixe com sabor ácido causado pela adição de vinagre. Mais tarde, no século 19, esse novo sushi tornou-se popular nas ruas da atual Tóquio com o nome de nigiri-zushi. “Foi o estágio final na transformação do sushi de alimento preservado em fast food”, afirma Ishige.
O sashimi contemporâneo também é bem diferente do original. No século 8, textos já citavam uma receita chamada namasu: fatias de peixe cru eram servidas num molho feito de vinagre e missô (pasta de soja). O peixe já vinha misturado ao molho e ninguém reparava se tinha sido bem ou mal cortado. Só no século 15 o japonês passou a preparar o sashimi como faz hoje: peixe cru fatiado com maestria, para que o chef possa exibir toda sua habilidade de cortar e arrumar o peixe.
Para manter o costume de comer peixe, os imigrantes que chegaram ao Brasil em 1908 tiveram que aceitar algumas modificações. Como as colônias se estabeleceram nas plantações de café do interior de São Paulo, a quilômetros do mar, os únicos pescados disponíveis eram bacalhau salgado e sardinha em conserva. “Eles assavam um pouquinho e comiam com arroz, mas logo começaram a se encaminhar para Santos, na direção do litoral”, afirma o professor Mori. Enquanto isso, hábitos brasileiros, como o desjejum à base de café e pão, foram sendo assimilados.